Infante D. Pedro

Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, nasceu em Lisboa em 1392 e morreu na Batalha de Alfarrobeira, em 1449. O infante D. Pedro é considerado um dos príncipes mais cultos do seu tempo. Com os seus irmãos D. Duarte e D. Henrique, participou, em 1415, na conquista de Ceuta, tendo sido da sua responsabilidade organizar a frota das gentes do Sul. Com eles, foi armado cavaleiro, por seu pai D. João I, na mesquita de Ceuta, após a conquista.

Ficou conhecido pelo cognome de “Príncipe das Sete Partidas”, uma vez que, entre 1418 e 1428, viajou milhares de quilómetros, desde a Europa até à Palestina. Regressa desta longa viagem, em 1428, indo para o seu ducado de Coimbra. Aí, fixou a sua residência e dedicou-se à agricultura e ao estudo. Em 1429, o infante D. Pedro casou com D. Isabel (Calafate, s/d & Infopédia, 2003-2020).

Com a morte do irmão, o rei D. Duarte, em 1438, fica como regente a rainha D. Leonor, visto que o herdeiro, D. Afonso V, ainda era menor. Mas dada a oposição popular, nas Cortes de 1439, o infante D. Pedro foi nomeado como regente do reino, ficando, ao mesmo tempo, encarregue da educação do futuro rei D. Afonso V. Já D. Leonor é enviada para Castela. Durante a sua regência, D. Pedro procede à reforma da Universidade, fomenta a expansão marítima e avança com a reforma administrativa, publicando as Ordenações Afonsinas (1446).

Em 1446, D. Afonso V atinge a maioridade e assume o poder. No entanto, mantém o tio, o infante D. Pedro, ao seu lado, vindo a casar com a filha dele, D. Isabel, em 1447. Parte da nobreza, sobretudo seu irmão bastardo D. Afonso, intriga e conspira contra D. Pedro, o que leva ao seu afastamento da corte, em 1448, regressando a Coimbra. Porém, as intrigas continuam, o que originou o confronto entre as duas partes, na Batalha de Alfarrobeira, em que o infante D. Pedro vem a ser morto (Calafate, s/d & Infopédia, 2003-2020).

Durante o mandato de o infante D. Pedro, Tentúgal testemunhou a construção de muito do seu acervo histórico, nomeadamente o Convento Franciscano de Santa Cristina da Póvoa, a Igreja Matriz e a Torre do Relógio.

Referências Bibliográficas:

Biblioteca Nacional de Portugal (s/d). Infante D. Pedro, duque de Coimbra. Disponível em: http://purl.pt/27599/2/

Calafate, P. (s/d). O Infante D. Pedro. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/m7.html

Infopédia (2003-2020). Infante D. Pedro. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$infante-d.-pedro