Descrição do Doce
O Pastel de Tentúgal resulta da junção da massa, apenas feita a partir de farinha amassada com água, com o recheio, que resulta da mistura de ovo com uma calda de açúcar. Apresenta-se sob a forma de “palito” ou sob a forma de “meia-lua”, sendo que o pastel “palito” é o mais conhecido.
A confeção do pastel de Tentúgal contempla várias fases, começando, sempre, com a massa, que é esticada com mãos delicadas, exclusivamente de senhoras, que, consecutivamente, vão ao bolo da massa dar “um puxão” e, em apenas alguns minutos, passamos de um bolo de massa amorfo para a magia do folhado, de tal forma fino que é quase transparente. As mesmas mãos delicadas apanham o folhado, folha após folha, com a paciência de um santo e a suavidade de um anjo.
O recheio é efetuado a partir da calda em “ponto pérola” ao qual se juntam os ovos e as gemas, cuidadosamente, mexendo sempre, de forma a que os ovos não “talhem” e até que se obtenha o aspeto grumoso e consistente característico do recheio do Pastel de Tentúgal.
O processo de “armar” o pastel consiste na junção do folhado com o recheio, que se enrola e que se fecha, de ambos os lados, com o formato de cristas. Para finalizar, passa-se, no pastel, uma pena embebida em manteiga. O pastel de Tentúgal está agora pronto para ser cozido e, posteriormente, saboreado.
Doce de origem conventual, cuja espessura é reduzida (0,06 – 0,15 mm), delicada e fina, sendo esticada pelas doceiras até atingir a espessura desejada.
